MATÉRIA PUBLICADA NO DCI DE HOJE 21/01/2008 - DADOS DA CONSULTORIA FNP
Centro-Oeste
Na Região Centro-Oeste o preço das terras está sendo impulsionado principalmente por grãos como soja, milho e algodão. Segundo o proprietário de uma grande corretora de imóveis que preferiu não se identificar, o milho, o biodiesel e o etanol estão fazendo com que os preços das terras tenham um incremento de até 40% em algumas regiões.
Os preços praticados na região variam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil por hectare.
Grandes empresas, como Petrobras, Mitsui e Mitsubishi, têm prospectado e comprado terras na região para a instalação de plantas de biodiesel e etanol. Os principais compradores de terras no Centro-Oeste são os japoneses, os portugueses e os norte-americanos. No caso dos Estados Unidos, a busca é por terras para o plantio de milho e algodão, que teve área reduzida em função do aumento da produção de milho para o etanol.
"O Estado do Tocantins é o que recebe o maior número de visitas de compradores, seguido de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Esses estados são visados pela proximidade com grandes propriedades de grãos, matérias-primas para o biodiesel", afirma o executivo.
NOSSO COMENTÁRIO
Desde quatro anos atrás, temos falado em nossas palestras, entrevistas e site, sobre o efeito de valorização das terras no Centro-Oeste, com a implementação dos projetos de implantação e desenvolvimento do cultivo de oleaginosas para produção do biodiesel.
Agora isto torna-se realidade constatada pela Consultoria -FNP de S.Paulo, uma das mais renomadas e confiáveis do país, conforme pode se ver no texto acima.
A valorização excepcional das terras no centro oeste, determinam que os ativos da Boi Gordo tenham que ser reavaliados a luz da nova realidade dos preços da terra na região.
Impõe-se que no próximo leilão de nossas terras, estes valores estejam atualizados e parametrados pelo novo mercado de agro-negócios que se instala na região.
Temos notícias que o primeiro leilão realizado em 6 de dezembro, não terá seus lances homologados judicialmente, vez que autoridades da falência são contrárias a sua homologação por valores inferiores ao já defasado valor mínimo de avaliação.
Isto vem de encontro ao que pleiteamos desde o momento em que, como protesto, deixamos o rescinto do leilão no Renaissance Hotel, na oportunidade em que o leiloeiro declarava aceitar valor inferior a avaliação para arrematação do lote 1 (Fazendas Realeza em Itapetininga)
Prevaleceu o bom senso, mas foi fudamentaL nossa vigilância e contestação diante de tamanho descalábrio.
Em março teremos novos leilões, que deverão se repetir a cada noventa dias, durante todo o ano de 2008.
O quadro geral de credores, segundo nos informam, está pronto para ser publicado logo após o carnaval.
Em resumo: ainda no ano de 2008 começaremos a ver o dinheiro desviado voltar para o nosso bolso.
CONSELHO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA