Análise de riscos judiciários
Por Equipe - Santo André
28/03/2004 - Atualizado há 7 meses
Quais os riscos que os investidores lesados pela Boi Gordo correm neste momento?
Preocupa-nos qual e quando será a decisão da Juíza, Dr. Márcia Cardoso da Primeira Vara Cível do Fórum Central de São Paulo, que pode ser prolatada a qualquer momento nesta semana que se inicia.
Aqueles que ainda não estão representados no processo, seja por advogados ou associações, milhares espalhados pelos quatro cantos do país, poderão perder o prazo que poderá ser estipulado no caso de uma indesejável decretação de falência.
Isto porque, a lei ultrapassada e anacrônica da época de Getúlio Vargas (Decreto Lei 7661/45) determina que o Juiz ofereça exíguos 20 dias para que os credores habilitem seus créditos no processo, na hipótese da decretação de uma falência.
Os que não fizerem sua habilitação de créditos no prazo, só poderão fazê-lo como retardatários pagando uma multa igual a 1% sobre o valor integral do valor habilitado.
Ora, como o valor a ser habilitado nesta hipótese é o valor devidamente corrigido, até com correção monetária, a multa de um por cento será bastante significativa e deverá ser paga, à vista, além dos valores de honorários cobrados pelos advogados e associações.
Posto isto perguntamos:
Porque esperar a decretação de uma falência para só então, correr para coletar documentos e procurar um advogado as pressas para poder ser representado?
Não seria mais racional, fazê-lo com calma e antecedência suficientes, discutindo as planilhas de correção e procurando saber quem melhor o representaria?
Damos aqui nosso último alerta aos indecisos, incrédulos e imobilizados:
A Justiça não socorre os que dormem, já diziam os Romanos.
Conselho de Orientação Estratégica